EURATEX VÊ 2024 COMO PONTO DE VIRAGEM PARA A TÊXTIL
22 Dezembro 2023
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EURATEX VÊ 2024 COMO PONTO DE VIRAGEM PARA A TÊXTIL
O próximo ano ficará marcado pelas eleições europeias, nos dias 6 a 9 de junho, e a Euratex deixa neste final de ano 15 pedidos aos candidatos às eleições tendo em vista uma viragem do sector têxtil e vestuário para 2024. "Estas eleições são um ponto de viragem para o futuro da Europa e da sua base industrial", diz o responsável Alberto Paccanelli.

"Enquanto algumas regiões do mundo já estão a tomar medidas para apoiar a sua indústria, a Europa está atrasada", continua. No documento a confederação pede apoio à fileira europeia que tem sido fustigada pela crise sanitária, pela crise energética, pelo aumento dos custos de produção e agora pelo abrandamento no consumo.

As solicitações podem ser divididas em quatro eixos: a organização pede uma regulamentação que tenha em vista a competitividade e a simplificação administrativa, bem como promover as profissões do sector.

Na lista é também pedido o acesso a energia sustentável a preços competitivos e um acompanhamento nos investimentos relacionados com a digitalização. Fala igualmente de "realismo económico" no Green Deal e reclama um segundo olhar sobre uma possível regulamentação europeia, já que "as leis francesas, neerlandesas e outras leis nacionais fragmentam os requisitos ecológicos".

O calendário de transição sustentável está também na mira da Euratex que pede deadlines realistas e alinhadas com o resto do mundo. "Um comércio livre e justo" é a máxima proclamada pela confederação, da qual a ATP faz parte. Para o garantir é preciso incluir uma monitorização do cumprimento da legislação aos produtos importados e definição de medidas em caso de práticas desleiais. É defendido ainda pela Euratex um reforço dos apoios às PME nas exportações extra-europeias.

No campo das medidas necessárias é ainda falado o combate ao greenwashing, uma política de contratação pública que exija que a sustentabilidade das peças seja tida em conta e relembra que os profissionais esperam incentivos fiscais ao consumo de têxteis locais.
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